Distrito Federal

16ª DP deflagra operação Fraus

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A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 16ªDP, deflagra a fase final da Operação Fraus e cumpre mandados de prisão preventivas contra dois líderes de organização criminosa responsável por dezenas de crimes que resultaram em prejuízo milionário.

Ao longo de mais de um ano Policiais Civis investigaram uma organização criminosa especializada em golpes contra distribuidores e atacadistas. Os criminosos possuíam uma célula responsável pelos estelionatos, gerenciada por um dos presos, que consistiam em abrir empresa em nome de laranja e efetuar compras milionárias, mas que após o recebimento dos produtos não quitava os débitos e depois mudavam de local repentinamente, iniciando novo ciclo criminoso com outra empresa fantasma. Outro integrante desse núcleo, responsável pelas compras e recebimento de mercadorias, não foi localizado e é considerado foragido.

As mercadorias oriundas dos estelionatos eram receptadas em três mercados de Planatina/DF e revendidas por preços abaixo do mercado para que as provas do crime fossem logo eliminadas do local. O administrador dos mercados, também preso, era o chefe da organização, e responsável pelo financiamento do grupo criminoso que abalava os pequenos comércios da cidade.

A organização criminosa contava com um núcleo de contabilidade, responsável pela abertura de empresas em nome de laranjas, movimentação contábil e emissão de certificados digitais para viabilizar as fraudes, sendo indiciados um contador, uma certificadora digital e um jovem que figurava como “laranja”.

O núcleo responsável pela lavagem de dinheiro era gerenciado por um parente e sócio do líder e consistia em comprar veículos com parte do dinheiro obtido com os crimes, mas registrados em nome de terceiros, geralmente funcionários dos mercados, tudo para dissimular a origem ilícita dos valores.

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Ao logo das investigações ocorreram diversas prisões em flagrantes e temporária, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão, bloqueios de valores milionários em dinheiro, apreensões veículos e de mercadorias, tudo em fases anteriores da Operação Fraus. Os elementos de provas colhidos nesse período subsidiaram um inquérito policial que possibilitou o desmantelamento da organização criminosa e resultou no recebimento da denúncia contra doze investigados por mais de 110 crimes, ao todo, como organização criminosamente, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, estelionato, falsificação de documento público e privado, falsidade ideológica e uso de documento falso, cujas penas somadas ultrapassam mais de mil anos de prisão.

Nesta semana foi deflagrada a fase final da operação que culminou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva – do líder da organização criminosa e do gerente do núcleo do estelionato, bem como em dois mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão em mais de cinco mil reais em espécie, veículo de luxo e elementos de prova.
Na sequência, será iniciada a Operação Tomo II para investigar o núcleo de embaraçamento da investigação, integrada por um advogado que diversas vezes tentou afastar o delegado e agentes de polícia que trabalhavam no caso, bem como de um policial militar da ativa, pois além de fazer a segurança dos mercados, informava ao líder da organização sobre as campanas realizadas pela Polícia Civil, denunciando os veículos descaracterizados e policiais civis que conhecia em razão de sua função policial.
Ademais, outros criminosos que praticaram delitos pontuais também serão alvo da nova apuração.

ASCOM/DGPC

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