Goiás

Operação Órfãos de Guerra: homem é preso após aplicar golpe com suposta adoção de crianças ucranianas

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A Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), e com apoio operacional dos policiais civis da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Estado do Pará, deflagrou, na última quarta-feira (15), a operação Órfãos da Guerra.

A ação visava cumprir um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão expedidos em desfavor de um homem suspeito de obter quase € 2 mil (dois mil euros), após enganar uma vítima do interior de Goiás, ao oferecer facilitações em supostos processos de adoção de crianças ucranianas órfãs em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia.

No final do mês de abril deste ano, uma mulher residente em uma cidade do interior de Goiás procurou o GREF/DEIC e noticiou que um homem, após se aproximar da família, soube que ela tinha interesse em ter um outro filho.

O suspeito, então, afirmou ser poliglota e, por isso, iria integrar uma equipe da Rede Globo que cobriria a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, citando, inclusive, o nome de alguns dos integrantes do grupo. Disse, ainda, que estava hospedado numa cidade situada na Polônia e que havia constatado que alguns repórteres da emissora estavam adotando crianças órfãs em decorrência do conflito bélico, encaminhando para a vítima imagens de crianças com as características físicas de bebês europeus.

Em seguida, disse que poderia auxiliar a vítima em relação aos trâmites burocráticos de adoção, pois iria intermediar, segundo ele, a documentação com um advogado. Para tanto, solicitou que fosse realizada uma transferência bancária para sua própria conta, quantia que seria referente a honorários advocatícios.

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A vítima, acreditando nos fatos, fez a transferência dos valores citados. Além disso, vendeu outros pertences para a decoração do quarto do filho e, inclusive, apresentou sintomas de gravidez psicológica.

Munidos de tais informações, os investigados empreenderam diversas diligências e conseguiram identificar e qualificar Auly Rosa de Paula, suspeito de ser o autor do crime. Ele ostenta extensa ficha criminal pela prática de variados crimes, sendo, inclusive, foragido da Justiça Federal, pois havia contra si um mandado de prisão expedido.

Assim, foram pleiteadas as medidas cautelares para o Poder Judiciário que, após deferidas e com as informações prestadas pelos integrantes do GREF/DEIC, foram cumpridas por policiais civis da DRCO da PCPA, em Belém do Pará.

Com a captura, o investigado ficará à disposição do Judiciário e poderá responder pela prática do crime de estelionato “eletrônico”, crime cuja pena pode chegar até 8 anos de reclusão.

A imagem e qualificação do investigado foram veiculadas em decorrência da supremacia do interesse público em detrimento do interesse particular, pois outras pessoas podem ter sido vítimas do suspeito em comento.

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