Polícia prende trio suspeito de crime que vitimou agente penitenciário no Morro do Moreno

A Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), prendeu dois suspeitos de participação na tentativa de latrocínio que vitimou um agente penitenciário, no Morro do Moreno, em Vila Velha. A arma do agente, que havia sido roubada, foi apreendida com o terceiro detido.

O crime aconteceu na noite do último domingo (10). O agente penitenciário foi baleado após sofrer um assalto durante uma trilha no Morro do Moreno. As prisões foram divulgadas, nessa quarta-feira (13), em entrevista coletiva na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, destacou a periculosidade dos indivíduos. “São indivíduos frios, calculistas, covardes e extremamente violentos. Abordam o agente penitenciário e ao perceberem que ele estava armado, imediatamente, disparam contra o agente, deixando-o naquela condição sem socorro”, disse.

Ramalho ainda destacou e elogiou o trabalho da Polícia Civil. “O brilhante trabalho da Polícia Civil consegue, hoje, elucidar esse crime com duas prisões e um indivíduo que já fazia a receptação da arma de fogo do agente. Suspeitos de uma faixa etária entre 18 e 20 anos ligados diretamente com a criminalidade com uma extensa ficha criminal desde que eram menores”, ressaltou o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, informou que desde o fato acionou o Deic para que intensificassem as investigações, em razão da brutalidade do crime, cometido em um local de turismo.

“Imediatamente o Deic iniciou as investigações e, na tarde de ontem, então, lograram prender os dois autores do fato e também prenderam aquela pessoa que estava de posse da arma da vítima, já pronto para fazer a venda. Parabenizo a equipe do Deic, porque esse é o trabalho da Polícia Civil, de mostrar para a sociedade e mostrar para as pessoas que querem praticar o crime, que o crime não compensa. Nós vamos buscá-los, prendê- los e não permitiremos que a impunidade campeie no Estado”, afirmou Arruda.

No dia do crime, a vítima chegou a reagir à abordagem de dois homens durante o passeio com um grupo que subia o ponto turístico de Vila Velha. Ele tentou sacar a arma para impedir o roubo, mas os suspeitos atiraram primeiro.

O titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial (DSP), Gianno Trindade, diz que o depoimento e relato de vítimas, que presenciaram os fatos, foram essenciais para as investigações.

“Pesquisamos se no dia 9 de janeiro, dia anterior ao fato, houve registro de crime na região do morro do moreno e detectamos que tiveram quatro vítimas assaltadas com o mesmo modus operandi. Então, vinculamos a possibilidade de se tratar dos mesmos autores. Chamamos essas vítimas do dia 9 para serem ouvidas e elas deram a descrição dos autores e a localização dos celulares roubados, que foi essencial para criarmos um perímetro de atuação”.

Na última terça-feira (12), com informações mais precisas, a equipe composta por três viaturas saiu em diligências. A arma do agente penitenciário foi apreendida no momento em que um receptador fazia a negociação do objeto, em Alvorada, Vila Velha, mas o homem conseguiu fugir. Após a apreensão, os policiais foram para Cariacica e começaram a operação que resultou na prisão dos dois suspeitos e uma testemunha.

“Juntando as peças do quebra cabeça, ficamos em vigilância no bairro Santa Barbara, em Cariacica, por mais de 5 horas. Por volta das 20 horas detectaram os indivíduos em uma motocicleta e foi feita a abordagem. Havia um terceiro indivíduo com os suspeitos que tentou empreender fuga, mas foi encaminhado à delegacia”, informou o delegado Gianno Trindade.

No ato da prisão, um dos autores confessou o crime e também forneceu a localização de onde a arma utilizada para realizar o disparo estaria escondida. Ela foi encontrada dentro de um colchão em uma residência abandonada no bairro Alvorada, em Vila Velha.

Em depoimento, os dois suspeitos confessaram o crime. Eles responderão por tentativa de latrocínio, lesão corporal de natureza grave com pena de sete a 18 anos. O terceiro indivíduo, que estava com os suspeitos no momento da prisão, foi liberado após fornecer informações.

Texto: Olga Samara

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