Espírito Santo

Treinador de futebol é indiciado suspeito de abusar sexualmente de adolescente de 14 anos em Vila Velha

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A Polícia Civil (PCES), por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), concluiu, nessa quinta-feira (23), o Inquérito Policial que indicia um treinador de futebol de 47 anos pelo crime de estupro de vulnerável, ocorrido no último sábado (18). O investigado teria dopado e praticado atos libidinosos contra o aluno dele, um adolescente de 14 anos.

No dia do fato, a vítima relatou o que tinha acontecido aos colegas, que acionaram a Polícia Militar. Eles foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com a presença do Conselho Tutelar.

A vítima é oriunda da localidade de Itabuna, na Bahia, e estaria no Espírito Santo há duas semanas, com outros dois amigos de 14 e 15 anos. Eles estavam morando em um alojamento alugado pelo investigado. Os atos foram praticados dentro da casa do treinador, oportunidade em que o indiciado teria drogado o adolescente e, posteriormente, praticado a violência sexual.

“O treinador de futebol foi até o alojamento dos menores e solicitou à vítima que fosse até a sua casa, com o pretexto de tomar um açaí. Ao chegar em casa, os dois tomaram açaí e o treinador solicitou fazer uma massagem no adolescente e, para que a massagem fosse feita, o investigado ofereceu um relaxante muscular para a vítima, que relatou para a nossa assistente social que tinha chegado à casa do suspeito às 10 horas da manhã de sábado e que só foi acordar às 7 horas da manhã de domingo, apenas de cueca e sentido dores nas suas partes íntimas”, explicou o delegado adjunto da DPCA, Diego Bermond.  

Ainda segundo o delegado, o adolescente estava muito tonto e foi levado de volta para o alojamento pelo treinador, que durante o trajeto ameaçou a vítima, para que não falasse nada, caso contrário algo de ruim iria acontecer. “Ao chegar ao alojamento, seus colegas presenciaram o estado do adolescente. Ele precisou de auxílio para comer, beber e até para ficar de pé”, contou Bermond.  

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De acordo com as investigações, o treinador é dono de um clube de futebol não oficial e, por meio de sites, recruta meninos de outros estados para fazer um período de testes na Grande Vitória.

O adolescente passou por dois exames, um para apuração do estupro e outro toxicológico. O de coito anal deu negativo. Já o resultado do exame toxicológico ainda não ficou pronto.

Os amigos da vítima relataram para a polícia que já tinham percebido um comportamento estranho do treinador com o garoto e que o homem chegou a “alisar” o adolescente. Ainda de acordo com o delegado, o treinador disse que o adolescente inventou a história porque queria voltar para a Bahia. Segundo o homem, o menino teria dito que estava com dor de cabeça e ele falou para pegar um remédio. O adolescente, porém, teria pegado um remédio tarja preta por engano e tomado.

“O resultado do exame não desqualifica o nosso indiciamento e nós temos convicção do crime. Estamos aguardando o laudo toxicológico. O interrogatório dele foi cheio de contradições. Nesses casos, os adolescentes têm muito medo e não entendem o que está acontecendo”, disse o delegado.

O caso ainda é investigado pela DPCA e o treinador está sendo indiciado por estupro de vulnerável. Ele também é suspeito de ter abusado de um adolescente de Goiás, em 2019.

Texto: Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)
 

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