Distrito Federal
Operação SSP Brasil desarticula grupo criminoso que causou R$ 300 mi de prejuízo aos cofres distritais
A Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado – DOT/Decor, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação SSP Brasil, visando o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão.
A investigação indicou a existência de um grupo criminoso especializado em falsificação de documento público, principalmente identidades, que, de forma estruturada e com divisão de tarefas, causou prejuízos aos cofres distritais em quantia que ultrapassa o valor de R$ 300 milhões.
Três núcleos compõem o grupo investigado. O primeiro, o núcleo executivo, é formado por integrantes de uma mesma família que elaboram documentos públicos falsificados utilizando espelhos de documento de identidade de várias unidades da federação.
O segundo núcleo é o contábil, formado por contadores e técnicos em contabilidade que ficam responsáveis por realizar a abertura de empresas de “fachada” com quadro societário composto por pessoas fictícias e inexistentes, criadas com base nos documentos fraudados pelo núcleo executivo.
Por fim, o núcleo operacional, responsável em emitir notas fiscais eletrônicas em nome das empresas de fachada visando com isso obter créditos tributários e reduzir o recolhimento de tributos.
A investigação apontou que o grupo criminoso está atuando há, aproximadamente, uma década no Distrito Federal e há 12 inquéritos em curso na DOT apurando as práticas criminosas deste grupo.
As medidas visam a consolidação e robustecimento dos elementos probatórios já coligidos, visando sedimentar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, além de apreensão de bens e valores e identificação de outros, visando o ressarcimento dos cofres públicos, além da conclusão dos inquéritos em andamento.
As diligências são cumpridas no Distrito Federal, no entorno e na região metropolitana de Goiânia, em residência de contadores e de falsários, bem como em empresas participantes do esquema e na casa de alguns empresários.
Participaram da ação, cerca de 100 policiais da PCDF, além de equipes da Polícia Civil de Goiás.
Durante a investigação, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária contou com auxílio da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal – Surec/SEEC) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, através da Promotoria de Defesa da Ordem Tributária.
Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de integrar organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento e uso de Documento Falso, e, se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.
*O nome da operação é uma alusão ao fato de o grupo falsificar identidades de várias unidades da federação.
Assessoria de Comunicação/DGPC
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PCDF, excelência na investigação